Revolução Francesa

(Fonte da imagem: pliniocorreia)
De: Maíra Costa - 13 anos


  A Revolução Francesa começou devido à crise econômica em que a França se encontrava e com a tentativa do rei de contorná-la aumentando impostos do terceiro estado, o que causou seu descontentamento e uma grande revolta popular. A Revolução Francesa foi dividida em cinco fases: Revolta Aristocrática, Assembleia Nacional Constituinte, Monarquia Constitucional, República e Convenção Nacional e o Governo do Diretório.


Revolta Aristocrática

     No século XVIII, a França estava em crise em diversos setores: alimentos, têxtil e finanças públicas. E o rei Luís XV, tentava realizar uma reforma tributária, se não fosse possível cobrar mais impostos do 3º Estado, teria que cobrar impostos do clero e da nobreza. A população francesa era dividida em três estados com pertencentes distintos:

• 1º Estado (Clero): rei, o alto clero (nobres: bispos, arcebispos, abades, cônegos) e baixo clero; 120 mil pessoas;
• 2º Estado (Nobreza): nobreza cortesã (pessoas que moravam na corte junto com o rei), nobreza provincial (senhores feudais que moravam no interior) e nobreza de taga (nobres com título comprado); 350 mil pessoas;
• 3º Estado (Plebe): burguesia (alta, banqueiros e ricos comerciantes; média, pequenos comerciantes e profissionais liberais; pequena, pequenos comerciantes e profissionais liberais), sans-culottes (trabalhadores urbanos), camponeses e servos; 24 milhões de pessoas.

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     Em 1787, a nobreza e clero pressionam o rei a convocar a Assembleia dos Estados Gerais, que não se reunia há 175 anos. Participavam representantes de cada estado e a votação era feita da seguinte forma: cada estado tinha um voto, mas isso não funcionava, pois o primeiro e o segundo estado se uniam, sendo impossível a vitória da plebe.
   Então, em maio de 1789 a Assembleia dos Estados Gerais é convocada, mas houve consequências, pois clero e nobreza desfavoreceram a capacidade política do terceiro estado, e houve o desespero de muitos cidadãos e camponeses pobres devido à crise que tinha gerado fome e desemprego, esses fatores causaram grande agitação popular.
    Nas assembléias, as ordens se manifestavam por meio dos Cadernos de Queixas. A burguesia aproveitava para divulgar seu programa de reformas e a plebe demonstrava seu descontentamento.



Assembleia Nacional Constituinte

    Na abertura da Assembleia dos Estados Gerais, no palácio de Versalhes, houveram conflitos entre classes privilegiadas e o terceiro Estado. O clero e a nobreza queriam que a forma de votação fosse mantida e a plebe queria que a votação fosse realizada individualmente para que pudessem ter uma chance manter suas propostas.
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     A proposta do 3º Estado foi recusada pelo rei, então decidiram convocar no dia 17 de julho de 1789 a Assembleia Nacional Constituinte, com o intuito de elaborar uma nova Constituição para a França.
   Como forma de contradição, o rei fechou a sala de reuniões da Assembleia Nacional Constituinte, para tentar dissolvê-la. Isso não adiantou, pois os representantes do terceiro estado usaram a sala de jogos do palácio para o mesmo fim. O episódio ficou conhecido como Juramento do Jogo da Pela.
    Luís XV organizou tropas para deter a plebe, mas a revolta popular era grande, então fracassou. Um dos lemas sempre repetidos pelos revolucionários era “Liberdade, igualdade e fraternidade”.
(Fonte da imagem: brasilescola)
     No dia 14 de julho de 1789, a velha prisão da Bastilha, em Paris, é invadida por populares. A prisão era considerada símbolo do poder absoluto do rei, e lá ficavam presos os inimigos da monarquia francesa. A multidão libertou os presos e pegaram as armas que ficavam estocadas no local para se defender. A revolta se espalhou por todo o país.
     Assim, Luís XV reconhece a legitimidade da Assembleia Nacional Constituinte. Mesmo assim muitos populares continuam revoltados, e em agosto, a Assembleia Constituinte massacra os pobres e toma seus bens. Esse período ficou conhecido como Grande Medo.
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    No dia 4 de gosto de 1789, a Assembleia Constituinte estabelece o fim dos direitos senhoriais sobre camponeses e privilégios tributários do primeiro e do segundo estado. Era o fim do regime feudal. No dia 26 do mesmo mês, é proclamada a Declaração dos Direito do Homem e do Cidadão.
     Em 1790, a Assembleia Constituinte confiscou várias terras da Igreja e subordinou o clero a autoridade do Estado. A medida foi tomada através de um documento chamado Constituição Civil do Clero.
     Com contradição do papa, os sacerdotes católicos deviam sair do território francês ou lutar contra os revolucionários. Alguns aceitaram as leis e outros, revoltaram- se e organizara um exército externo. 


Monarquia constitucional

    Em julho de 1791, o rei tentou fugir para se unir a forças contrarrevolucionárias, mas foi preso, reconduzido a capital francesa e mantido sob vigilância.
    Em setembro de 1791, a primeira Constituição da França é concluída. A França se torna uma monarquia constitucional e o rei perde os poderes absolutos.
     O sistema de governo foi controlado pela alta burguesia com interesse em alguns pontos da Constituição, tais como: organização social, economia, religião e organização política.
    Descontente com a perda de poder, Luís XV faz contatos com nobres emigrados e com monarcas austríacos e prussianos que sentiam ameaçados pela Revolução Francesa, com o intuito de organizar um exercito para invadir a França e estabelecer uma monarquia absolutista.
   Com o apoio secreto da família real, o exército invade o território francês. Alguns revolucionários, como Danton e Marat, pediam aos cidadãos que lutassem. Em 1792, na Batalha de Valmy, o exército austro-prussiano é derrotado.



República e Convenção Nacional

     A vitória impulsionou os revolucionários franceses, que decidiram no dia 22 de setembro de 1792 proclamar a república. Luís foi preso acusado de trair a pátria.
    Um ano havia sido criada a Assembleia Legislativa, que foi substituída pela Convenção Nacional, com o objetivo de criar uma nova Constituição para França com caráter republicano.
     Havia algumas forças políticas no país, eram estas: os girondinos ou montanheses (alta e média burguesia), jacobinos (pequena e média burguesia) e planície (burguesia oportunista mudava de posição conforme a conveniência).
   Quando Luís XV foi levado a julgamento os girondinos o apoiaram. Já os jacobinos, liderados por Saint-Just e Robespierre desejavam sua condenação à morte. Assim, o rei foi sentenciado a pena de morte por conspirar contra a liberdade da nação e a segurança geral do Estado. Foi guilhotinado em 21 de janeiro de 1793.
   Com a morte do rei os girondinos se revoltaram e forças estrangeiras partidárias do absolutismo se reorganizaram. Então os jacobinos, que estavam no poder, criaram diversos órgãos para defender a revolução, entre eles estavam o Comitê da Salvação Pública, que controlava o exército e a administração francesa, e o Tribunal Revolucionário, que vigiava, prendia e punia traidores da revolução.
    O Tribunal matou entre 40 e 50 mil pessoas. Nessa fase, foi instalada uma ditadura jacobina liderada por Robespierre. O período ficou conhecido como Fase do Terror.
(Fonte da imagem: wiki)
Robespierre procurava equilibrar-se entre tendências políticas, algumas identificadas com a alta burguesia e outras com aspirações das camadas populares. Desejavam o tabelamento dos preços dos gêneros necessários, aumento dos impostos para ricos e proteção legal para pobres, idosos e desocupados.
    Durante o governo Robespierre, em 1793 foi proclamada a Constituição da República que garantia ao povo o voto e o direito da revolta, de trabalho e de subsistência. Também havia a declaração oficial que a felicidade de todos era a intenção do governo.
     Os girondinos e a planície se unem contra Robespierre, e sem condições de reagir, é preso no dia 27 de julho de 1794, e logo depois é guilhotinado sem julgamento, finalizando a Fase do Terror.



Governo do Diretório

     Com a execução de Robespierre, representantes da alta burguesia girondina passaram a controlar a Convenção Nacional. A Convenção Nacional decidiu elaborar uma nova Constituição para a França.
(Fonte da imagem: peramblog)
    Em 1795, a Constituição da França é concluída e estabelece a continuidade do regime republicano, que seria controlada pelo Diretório, formado por cinco membros eleitos pelo Poder Legislativo. Os membros do Diretório tentavam conter a insatisfação popular e garantir a autoridade politica da burguesia.
    A França passou a ser a ameaçada novamente por forças absolutistas vizinhas, o que agravou a situação. Então, o general Napoleão Bonaparte – que tinha grande desempenho na repressão de revoltas contra o governo –, com o sufrágio da burguesia e do exército, planejou um golpe de Estado.
    No dia 10 de novembro de 1799, Napoleão une-se com políticos burgueses, dissolve o Diretório e estabelece o Consulado. Esse episódio ficou conhecido como Golpe de 18 Brumário. Isso evitou domínio do poder dos jacobinos e consolidou conquistas da burguesia francesa, encerrando a Revolução Francesa.

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