Homem Vitruviano

(Fonte da imagem: luli)

De: Maíra Costa - 13 anos

     Por volta de 1492, Leonardo Da Vinci fez uma ilustração que seria referência estética, de simetria e proporção. Mas Leonardo Da Vinci não a fez por fazer, o que poucos sabem é que há nela, um mistério desvendado. Nesse artigo, você vai saber qual é esse mistério, como ele fez para que a ilustração fosse tão perfeita e muito mais.

 

O desafio

     Há mais de 15 séculos antes do artista começar a desenhar, um arquiteto grego chamado Marcus Vitruvius Pollio (em português, Marcos Vitrúvio Polião) formulou um desafio matemático.

     Segundo Vitruvius, a construção de um templo devia ser baseada nas proporções humanas específicas.

     O corpo deveria caber em duas formas geométricas perfeitas: o círculo e o quadrado.

As proporções eram:

  • Face, do queixo ao topo da testa: 1/10 da altura do corpo;

    • Palma da mão, do pulso ao topo do dedo médio: 1/10 da altura do corpo;

    • Cabeça, do queixo ao topo: 1/8 da altura do corpo;

    • Base do pescoço às raízes do cabelo: 1/6 da altura do corpo;

    • Meio do peito ao topo da cabeça: 1/4 da altura do corpo;

    • Pé: 1/6 da altura do corpo;

    • Largura do peito: 1/4 da altura do corpo;

    • Largura da palma da mão: quatro dedos;

    • Largura dos braços abertos: altura do corpo;

    • Umbigo: centro exato do corpo;

    • Base do queixo à base das narinas: 1/3 da face;

    • Nariz, da base às sobrancelhas: 1/3 da face;

    • Orelha: 1/3 da face;

    • Testa: 1/3 da face.

O Artista e seus métodos

     Leonardo Da Vinci já era conhecido por seus trabalhos diferenciados, fazendo dissecação de cadáveres, por exemplo. E ele pensara algo que nem um dos outros que tentaram solucionar o desafio haviam pensado: ele apoiou as duas formas geométricas sobre a mesma base e depois desenhou o homem com as proporções exatas.

(Fonte da imagem: desenhoonline)

     Assim, ele determinou que a altura do corpo se encaixava no quadrado, e os braços levantados a altura da cabeça e as pernas abertas tocavam o círculo.

     Desta forma, o círculo tinha um centro e o quadrado tinha outro, e esse era o erro que muitos cometiam.  Quando faziam isso o tronco ficava curto e as mãos e os pés ficavam grandes.

     Mesmo depois de anos, a obra é muito admirada e vai continuar sendo, já que dispõe de grande raciocínio e perfeição.